Há poucos dias atrás aconteceu, na cidade de Chicago, o encontro anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO) que promove, há mais de 50 anos, um dos principais encontros entre médicos e profissionais da área da saúde dedicados às subespecialidades da oncologia. A ASCO é, sem dúvida, uma referência para todos os aqueles que se dedicam ao combate de uma doença tão complexa como o câncer.
O evento deste ano destacou uma tendência que já vinha sendo apontada em encontros anteriores, a personalização dos tratamentos através da identificação de receptores específicos nas células cancerosas do paciente.
A identificação das proteínas que estruturam estes receptores abre possibilidades para o desenvolvimento de fármacos que possam inibir ou bloquear estes alvos, uma estratégica terapêutica muito mais objetiva e específica do que a ação genérica da quimioterapia convencional onde, pela ausência de especificidade, os agentes quimioterápicos acabam por induzir a destruição não somente das células tumorais, mas também das normais, acarretando os temidos efeitos colaterais do tratamento.
Atualmente já existe tecnologia que permite a identificação do padrão de expressão genética em células de tumores de cães e gatos, auxiliando o médico veterinário na escolha de drogas mais específicas, com menos efeitos colaterais e, consequentemente, mais qualidade de vida aos nossos pacientes.