As notícias sobre um surto de febre amarela no país, especialmente em algumas regiões, trouxe, além da preocupação com essa doença que pode matar, mais um dado triste: algumas pessoas, especialmente residentes em áreas rurais e com risco de contaminação, passaram a matar macacos por medo de contágio, achando que isso ajudaria a combater a febre amarela. Ledo engano, não existe razão alguma para se acreditar que macacos possam oferecer riscos à população.

Na verdade, os macacos são tão vítimas da doença quanto os seres humanos, inclusive eles são importantes pois servem de indicadores que a febre amarela silvestre está ocorrendo próximo às cidades. Na verdade, há mais de 50 anos, não se registra um único caso de febre amarela urbana no Brasil.

Portanto matar macacos não ajuda em nada o controle da doença, pelo contrário, dificulta o trabalho das autoridades sanitárias na observação do avanço da disseminação e adoção de medidas para conter e, ou, minimizar o problema.