A American Veterinary Medical Association (AVMA) publicou recentemente em sua página oficial a matéria intitulada SARS-CoV-2 in Animals com informações que a comunidade científica dispõe, até o momento, sobre o acometimento de animais pelo novo coronavírus (vide https://www.avma.org/resources-tools/animal-health-and-welfare/covid-19/sars-cov-2-animals-including-pets) .

De acordo com a AVMA, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (Center for Disease Controle and Prevention- CDC) do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos anunciou os primeiros casos confirmados de infecção por SARS-CoV-2 em dois gatos de estimação nos Estados Unidos, sendo estes os primeiros animais de estimação nos Estados Unidos a testar positivo para o vírus. Embora estes resultados tenham sido divulgados, ainda não há informações suficientes que sugiram que os animais de estimação possam ser uma fonte de infecção do novo coronavírus para pessoas.

Até o momento, em todo o mundo, os únicos animais de estimação expostos ao COVID-19 e que tiveram resultados positivos são dois cães e um gato em Hong Kong, além dos dois gatos nos Estados Unidos.

Os dois gatos a testar positivo nos Estados Unidos apresentaram sinais de doença respiratória leve e, acredita-se, devem se recuperar completamente; já o gato identificado com o vírus em Hong Kong não apresentou quaisquer sinais clínicos da doença. Um outro gato, na Bélgica, também confirmou testagem positiva, porém os detalhes sobre esse caso não são muito claros até então.

Ainda temos muitas questões abertas sobre a doença COVID-19 e, até que se saiba mais sobre a ela é recomendável que, se você estiver doente, restrinja o contato com seus animais de estimação (e também a outros animais), da mesma forma como deve restringir o contato com pessoas. Por isso é aconselhável que tutores de animais de estimação que tenham contraído COVID-19 peçam para que outras pessoas cuidem de seus animais enquanto estiverem doentes.

Na impossibilidade de delegar os cuidados de seu pet a outra pessoa, é altamente recomendável que o tutor doente evite contatos muito próximos como brincar, compartilhar comida, abracá-los ou beijá-los. Também se faz necessária higienização das mãos, lavando-as com água e sabão antes e depois de qualquer contato com o animal, além de evitar o compartilhamento de utensílios como brinquedos, comedouros, cobertores, almofadas e camas no ambiente doméstico.

A confirmação sobre a testagem positiva em outras espécies de felinos, como tigres e leões do Jardim Zoológico do Bronx na cidade de Nova York, também é motivo de preocupação quanto à possibilidade dos animais contrairem e dissemirem o vírus. Em 03 de abril de 2020 o exame de PCR para SARS-CoV-2 em amostras do trato respiratório de uma tigresa quatro anos de idade que apresentava sinais respiratórios confirmou a presença de infecção pelo vírus. Além dela, outros felinos selvagens desenvolveram sinais respiratórios ao longo de uma semana; os sinais incluíam tosse seca e ruído respiratório e seletividade para comer. Em 22 de abril de 2020, exames em amostras de fezes obtidas destes animais que exibiam sinais clínicos, confirmaram positividade para SARS-CoV-2. Todos os felinos do zoológico que testaram positivo para o vírus, a despeito dos sinais clínicos apresentados, estão bem e aparentam em boas condições de saúde.

Presume-se que a fonte de infecção seja a transmissão de um tratador, que no momento da exposição ainda não havia desenvolvido sintomas de COVID-19. Em virtude disso, o zoológico está fechado ao público desde meados de março.

O primeiro tigre detectado começou a mostrar sinais da doença em 27 de março de 2020 e, os demais animais do zoológico não mostraram sinais clínicos da doença.

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